“Infecções invasivas por Estreptococo do grupo A em crianças no Brasil”

Um estudo realizado em um hospital de referência para doenças infecciosas pediátricas em Minas Gerais, entre setembro de 2022 e agosto de 2023, analisou nove casos de infecções invasivas por Estreptococo do grupo A (iGAS) em crianças. Os pacientes, com idades entre oito meses e dez anos (quatro meninos e cinco meninas), apresentaram diversas manifestações clínicas da doença. Foram observadas pneumonia, síndrome do choque tóxico, artrite séptica, osteomielite, meningite e celulite entre os casos. A maioria dos pacientes (5) apresentaram complicações, incluindo derrame pleural, choque séptico, vasculite cerebral e amputações de membros.

Das nove crianças, sete (75%) necessitaram de internação na unidade de terapia intensiva e uma delas veio a óbito. O estudo destaca a importância de considerar a possibilidade de infecção por S. pyogenes em crianças com infecções pulmonares, neurológicas, osteoarticulares ou de pele, especialmente em casos graves de choque séptico. A ausência de sinais clínicos específicos reforça a necessidade de vigilância epidemiológica para o diagnóstico precoce dessas infecções, uma vez que o aumento da incidência local de infecções por S. pyogenes pode servir como alerta para os profissionais de saúde.

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