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Um estudo recente investigou os efeitos de um programa de intervenção para casais em transição para a parentalidade, focando na saúde mental da mulher e na dinâmica conjugal. A pesquisa utilizou uma adaptação brasileira, em domicílio, do programa Bases da Família, com um casal de baixa escolaridade participando de um estudo piloto com delineamento experimental de caso único e medidas repetidas. Foram utilizados instrumentos como o Self-Reporting Questionnaire e o Inventário Beck de Depressão para avaliar a saúde mental materna, enquanto a Escala de Ajustamento Diádico e observações da comunicação do casal mensuraram a conjugalidade.
Os resultados indicaram um aprimoramento na comunicação paterna e um aumento na satisfação diádica relatada pela mãe. No entanto, o programa não se mostrou eficaz em promover a saúde mental materna. A análise sugere que, embora o programa tenha impacto positivo no relacionamento conjugal ao abordar dimensões individuais e conjugais da transição para a parentalidade, ele pode não ser suficiente para abordar as complexidades da saúde mental materna nesse período. Mais estudos são necessários para aprofundar a compreensão desses resultados e para o desenvolvimento de intervenções mais eficazes para a saúde mental das mulheres durante a transição para a maternidade.
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