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Apesar do aumento de casos de atentados em escolas no Brasil, a discussão acadêmica sobre o tema ainda é limitada. Um estudo recente busca compreender as razões por trás desses atos violentos, analisando fatores históricos e sociais que contribuem para a formação dos perfis dos agressores. A pesquisa se baseia em dados de mídia sobre os atentados no país e em estudos internacionais, utilizando uma perspectiva marxista para analisar as condições sociais e materiais em que os eventos ocorreram.
A análise aponta para a influência da socialização masculina, a associação com grupos de extrema direita e a reprodução da violência estrutural como fatores cruciais. A precarização do trabalho e a absorção da ideologia individualista neoliberal também são destacados como elementos agravantes, criando uma cisão entre o individual e o coletivo, levando indivíduos a reproduzirem a competição exacerbada do mercado em outras esferas da vida. A deterioração da educação pública, por sua vez, é vista como um fator que contribui para a vulnerabilidade das escolas a esses atos, criando uma ruptura entre o indivíduo, a educação e o mercado de trabalho. A pesquisa demonstra a complexidade do problema e a necessidade de uma análise multifacetada para a compreensão e prevenção de tais atos.
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