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Uma revisão sistemática investigou a utilização e as vantagens dos métodos moleculares para o diagnóstico de infecções congênitas no líquido cefalorraquidiano de recém-nascidos. A pesquisa abrangeu diversas bases de dados, como PubMed, Virtual Health Library (VHL/BIREME), Scopus, Web of Science, EMBASE, Cochrane, ProQuest e EBSCOhost, considerando estudos publicados em inglês, espanhol, italiano e português, entre agosto e outubro de 2021, com atualização em dezembro de 2022. Foram incluídos ensaios controlados randomizados e não randomizados, estudos longitudinais e transversais, em humanos, com recém-nascidos de até 28 dias de idade, diagnosticados com neuroinfecções congênitas por toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simplex (TORCH), e outros como Treponema pallidum, Zika, parvovírus B-19, varicela-zóster, Epstein-Barr e SARS-CoV-2, diagnosticados por reação em cadeia da polimerase (PCR).
O patógeno mais estudado foi o herpes simplex. Vários artigos relataram apenas sintomas iniciais inespecíficos, motivando a coleta de líquido cefalorraquidiano e a realização de PCR para investigação etiológica. Os resultados da revisão indicaram que os métodos moleculares são eficazes na detecção de genomas de patógenos no líquido cefalorraquidiano, o que pode impactar a evolução clínica e o prognóstico neurológico. A revisão seguiu as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) e foi registrada no PROSPERO (International Prospective Register of Systematic Reviews).
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