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O artigo discute a importância das contribuições de Orlando Fals Borda para a compreensão da relação entre ciência e política, especialmente no contexto latino-americano. Fals Borda, na década de 1970, propôs uma visão de ciência subversiva, contrapondo-se ao colonialismo intelectual e à dependência científica. Os autores analisam os textos de Fals Borda para identificar questões relevantes na avaliação do compromisso sociopolítico da prática científica acadêmica, focando no conceito de uma ciência própria e subversiva.
Uma ciência própria, segundo a perspectiva de Fals Borda, é aquela que contribui para o conhecimento universal, mas a partir das necessidades e critérios do contexto local. Esta abordagem implica em uma postura subversiva, comprometida com a transformação das estruturas sociais que perpetuam a dependência intelectual. A análise busca fornecer ferramentas para uma reflexão crítica sobre a responsabilidade social dos cientistas e a forma como a pesquisa científica pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. A discussão ressalta a necessidade de engajamento dos cientistas em debates públicos, reconhecendo a intrínseca ligação entre ciência e realidade política local.
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