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Este artigo apresenta uma análise autoetnográfica do chemsex, focando no uso simultâneo de viagra e catinonas. As dimensões táteis e estéticas desses encontros são examinadas, considerando seus efeitos sobre masculinidades, gênero e práticas sexuais. Uma tensão central emerge entre a experimentação tátil, que promove uma sexualidade não centrada nos genitais, e a estética masculina homonormativa que molda essas experiências.
Adotando uma abordagem multidisciplinar, a pesquisa se baseia na participação pessoal criticamente analisada no chemsex, documentada por meio de anotações de campo. Os resultados revelam que as práticas de chemsex são profundamente relacionais, influenciadas tanto por efeitos farmacológicos quanto por normas estéticas. O estudo conclui que o chemsex constitui um espaço de complexa transformação cultural, onde novas formas de relacionamento, prazer e expressão de gênero são desafiadas e redefinidas. A pesquisa destaca a importância de se considerar as múltiplas dimensões envolvidas nessas práticas, indo além de uma perspectiva puramente médica ou moralista, para compreender as experiências subjetivas e as implicações sociais do chemsex.
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