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Uma pesquisa recente investigou as expectativas de professoras do ensino fundamental no sudoeste da Bahia sobre a atuação de psicólogos escolares, considerando a formalização da contratação desses profissionais pela Lei nº 13.935/2019. O estudo analisou cinco entrevistas semiestruturadas com professoras, utilizando a perspectiva psicanalítica e a análise do discurso de Pêcheux. A pesquisa buscou compreender o contexto histórico da psicologia escolar no Brasil, para melhor entender a implementação dessa lei e suas implicações na prática educativa.
A análise das entrevistas revelou a existência de duas formações discursivas antagônicas: a “detecção e encaminhamento” (FD1), que reproduz um modelo médico classificatório, e a “professoras trabalhadoras” (FD2), que apresenta formas de resistência. Ambas as formações discursivas estão ligadas a uma formação ideológica “médica-higienista-normativa”. Os resultados indicam que as respostas das professoras, predominantemente, refletem a FD1, embora a FD2 demonstre a preocupação com as dificuldades enfrentadas pelas docentes em seu dia a dia, apontando para problemas relacionados às condições de trabalho. A pesquisa destaca a complexidade da inserção dos psicólogos escolares no contexto educacional, evidenciando as diferentes perspectivas e expectativas em relação ao papel desses profissionais.
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