“Alta prevalência de parasitoses intestinais em crianças de favela brasileira”

Um estudo transversal realizado em uma comunidade de baixa renda em Araguari, Minas Gerais, Brasil, investigou a prevalência e os fatores associados à parasitose intestinal em crianças. Foram entrevistadas 52 crianças, das quais 41 realizaram exame parasitológico de fezes por sedimentação espontânea. A prevalência de parasitoses intestinais foi alta, atingindo 43,9% (intervalo de confiança de 95% — 95%IC 34,6–51,4), com 23% das crianças apresentando poliparasitismo. Os parasitas identificados foram Endolimax nana, Entamoeba coli, Giardia lamblia e Strongyloides stercoralis.

A análise ajustada revelou associações negativas entre a parasitose e exame parasitológico anual, posse de plano de saúde privado, mãe casada ou em relacionamento estável e acesso a tratamento de água. Já as associações positivas foram observadas com sexo masculino, hábito de brincar na terra, ingestão de água da mangueira, pais desempregados, baixa escolaridade dos pais e presença de fossa séptica em casa. Os resultados apontam para a necessidade de intervenções para melhorar as condições de vida da comunidade, considerando os fatores identificados como modificáveis e preveníveis, para reduzir a alta prevalência de parasitoses intestinais, um problema de saúde pública.

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