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Um estudo recente investigou a correlação entre a força muscular e a função cognitiva em adultos mais velhos que vivem na comunidade. A pesquisa, de natureza transversal e correlacional, envolveu 38 participantes (68 ± 7 anos; 81,6% mulheres). A força muscular foi avaliada pelo teste de levantar da cadeira, enquanto a função cognitiva foi medida utilizando o Montreal Cognitive Assessment (MoCA), versões adaptadas dos testes Trails A e B (TTA e TTB), teste de fluência verbal de categoria animal e o teste de Stroop. A correlação de Spearman foi empregada para analisar a relação entre a força muscular e as variáveis cognitivas, com um nível de significância de 5% estabelecido.
Os resultados indicaram uma associação entre os melhores níveis de força muscular e a cognição global (rho = 0,35; p = 0,02), mostrando uma relação positiva. Curiosamente, também foi observada uma correlação negativa entre maior força muscular e o tempo de execução em tarefas de leitura (rho = -0,35; p = 0,02) e no teste de Stroop de cores (rho = -0,39; p = 0,01). Isso sugere que, em idosos que vivem na comunidade, níveis mais altos de força muscular estão associados a pontuações mais altas na cognição global e maior agilidade na atenção envolvida na leitura de palavras e na nomeação de cores. Esses achados destacam a importância da manutenção da força muscular para o envelhecimento saudável e a preservação das funções cognitivas.
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