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Um estudo retrospectivo analisou as características clínicas, necessidades de tratamento e resultados de crianças com choque séptico, com e sem malignidades, internadas em uma unidade de terapia intensiva pediátrica (UTIP) entre janeiro de 2015 e dezembro de 2022. Um total de 508 pacientes foram incluídos. Observou-se uma proporção significativamente maior de infecções por bactérias Gram-negativas e fungos em crianças com malignidades em comparação com aquelas sem malignidades. As crianças com malignidades apresentaram uma estadia hospitalar mais longa (21 dias versus 11 dias). Apesar disso, não houve diferenças estatisticamente significativas na duração da estadia na UTIP (5 dias versus 5 dias), na mortalidade hospitalar (43,0% versus 49,4%) e na mortalidade em 28 dias (49,2% versus 44,7%). A análise de sobrevida em 28 dias também não mostrou diferenças significativas.
Embora tenha sido observada diferença significativa no espectro bacteriano das infecções, as taxas de mortalidade em crianças com choque séptico, com ou sem malignidades, foram semelhantes. A principal diferença encontrada foi o tempo de internação hospitalar, significativamente maior no grupo de crianças com doenças malignas. Esses achados sugerem que, apesar das diferenças no perfil infeccioso, a mortalidade associada ao choque séptico em crianças não é significativamente afetada pela presença de doenças malignas. Mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos subjacentes a essas observações e para direcionar estratégias de tratamento mais eficazes.
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