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A agitação pós-anestésica (APA), caracterizada por inquietação aguda após a anestesia geral, é uma complicação comum observada em unidades de recuperação pós-anestésica (URPA). Em pacientes submetidos a neurocirurgia, a incidência relatada de APA pode chegar a 30%, representando riscos significativos para sua recuperação e bem-estar. Um estudo recente investiga o potencial do remifentanil em reduzir este risco.

O remifentanil, um analgésico opioide de ação curta, tem demonstrado eficácia na prevenção da APA em outros contextos cirúrgicos. No entanto, sua aplicação específica em pacientes submetidos a cirurgias intracranianas ainda não foi totalmente esclarecida. O estudo em questão é um ensaio clínico prospectivo, randomizado e duplo-cego, que busca avaliar o efeito da infusão de remifentanil em baixa dose na incidência de APA após anestesia geral em pacientes submetidos a craniotomia eletiva. Os participantes serão designados aleatoriamente para receber remifentanil ou placebo durante a admissão na URPA. O objetivo primário é determinar se o remifentanil reduz a ocorrência de APA durante o período de despertar.

Além de avaliar a incidência de APA, o estudo também analisará diversos resultados secundários, como o tempo necessário para o paciente recuperar a consciência, o tempo de extubação, a duração total da permanência na URPA e o conforto do paciente durante a extubação. A intensidade da dor pós-operatória, a qualidade do despertar e a presença de delirium pós-operatório também serão monitoradas por meio de escalas de avaliação específicas. Os resultados deste estudo podem oferecer informações valiosas para otimizar os protocolos de anestesia e cuidados pós-operatórios em pacientes neurocirúrgicos, contribuindo para uma recuperação mais suave e segura.

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