Vitamina D: A influência da genética e microbiota na sua saúde
A deficiência de vitamina D é um problema de saúde global, afetando pessoas de todas as idades, mesmo com a existência de estratégias de suplementação. Uma pesquisa recente investigou o papel das variações genéticas, mecanismos epigenéticos e interações da microbiota no metabolismo da vitamina D, e como isso pode estar ligado a alergias, problemas de tireoide autoimunes e o transtorno do espectro autista (TEA).
O estudo analisou dados de indivíduos submetidos a testes nutrigenéticos, focando em genes como CYP2R1, GC e VDR, que estão relacionados ao metabolismo da vitamina D. Os resultados mostraram que polimorfismos nesses genes, associados à insuficiência de vitamina D, foram mais frequentes em pacientes com autismo, tireoidite de Hashimoto e condições alérgicas. Por exemplo, as variantes VDR FokI, VDR ApaI e VDR BsmI foram mais observadas em pacientes com tireoidite de Hashimoto, enquanto a variante VDR TaqI foi mais comum em indivíduos com autismo. No grupo com alergias, as variantes BsmI, FokI, ApaI e TaqI foram identificadas em frequências mais altas.
A pesquisa conclui que variações genéticas e modificações epigenéticas podem afetar o metabolismo da vitamina D e alterar a diversidade da microbiota intestinal, contribuindo para o desenvolvimento de diversas doenças. Avaliar a deficiência de vitamina D em conjunto com seus determinantes genéticos, epigenéticos e de microbiota é essencial para desenvolver estratégias eficazes de prevenção e tratamento. Esses resultados destacam a importância de abordagens personalizadas, baseadas na nutrigenética, para otimizar a função da vitamina D e apoiar a saúde geral. Em outras palavras, a forma como o corpo de cada um processa a vitamina D é única, e entender essa individualidade pode ser a chave para uma saúde melhor.
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