Esquizofrenia e Autismo: Desvendando Biomarcadores Cerebrais Compartilhados
Transtornos do espectro da esquizofrenia (TEE) e transtorno do espectro autista (TEA) compartilham características como déficits sócio-cognitivos e, em alguns casos, até mesmo predisposições genéticas. No entanto, as assinaturas neuroquímicas que os distinguem permanecem um desafio para a ciência. Uma meta-análise ambiciosa busca identificar biomarcadores glutamatérgicos cerebrais regionais que possam diferenciar TEE e TEA em adultos.
O estudo planeja analisar dados de espectroscopia de ressonância magnética de prótons (1H-MRS) para avaliar os níveis de glutamato, glutamina e seus sinais combinados em regiões cerebrais específicas, como o córtex cingulado anterior, córtex pré-frontal dorsolateral, hipocampo, estriado e tálamo. A análise incluirá dados de adultos (maiores de 18 anos) diagnosticados com TEE em diferentes estágios (alto risco, primeiro episódio psicótico e esquizofrenia resistente ao tratamento) e TEA, comparando-os com controles saudáveis. A metodologia rigorosa envolve buscas sistemáticas em bases de dados e avaliação do risco de viés utilizando ferramentas de avaliação específicas.
Espera-se que esta pesquisa revele alterações glutamatérgicas tanto compartilhadas quanto distintas entre os subgrupos de TEE e TEA. A identificação desses biomarcadores pode fornecer um referencial neuroquímico essencial para validar e orientar pesquisas translacionais reversas, abrindo caminhos para o desenvolvimento de intervenções mais precisas e personalizadas para indivíduos com essas condições. A compreensão das diferenças e semelhanças nos perfis de glutamato cerebral pode levar a avanços significativos no diagnóstico e tratamento de transtornos mentais complexos.
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