Fraturas de Clavícula em Recém-Nascidos: Incidência e Fatores de Risco
As fraturas de clavícula são as fraturas mais comuns associadas ao nascimento, podendo causar dor, limitação da mobilidade do braço e, em alguns casos, lesão do plexo braquial. Um estudo recente revisou a incidência, os fatores de risco e o prognóstico dessas fraturas em um hospital terciário.
A pesquisa, que analisou dados de 2018 a 2022, identificou 91 fraturas de clavícula em um total de 8132 nascimentos, resultando em uma incidência de 1,1%. A análise revelou que partos vaginais instrumentais dobraram a probabilidade de fraturas de clavícula em comparação com partos espontâneos. Além disso, a distocia de ombro, uma complicação em que o ombro do bebê fica preso durante o parto, aumentou significativamente o risco de fratura, com uma probabilidade 35 vezes maior. A diabetes gestacional também foi identificada como um fator de risco, elevando o risco de fratura em 76% nos casos em que a mãe desenvolveu a condição durante a gravidez.
A maioria dos bebês com fratura de clavícula foi encaminhada para acompanhamento em neonatologia. Dos casos acompanhados, alguns apresentaram suspeita clínica de lesão do plexo braquial, mas todos recuperaram a mobilidade normal do braço após fisioterapia. O estudo conclui que, além de reduzir os fatores de risco, a implementação de programas de treinamento de equipes de maternidade baseados em simulação para distocia de ombro pode ser crucial para diminuir a incidência de fraturas de clavícula em recém-nascidos. A identificação e o manejo adequados dos fatores de risco são, portanto, essenciais para garantir um parto mais seguro e saudável tanto para a mãe quanto para o bebê.
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