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A regularidade das atividades musculares e a suavidade dos movimentos dos membros são características valiosas na análise dos padrões de marcha, especialmente em protocolos de reabilitação. O treinamento com cicloergômetro, tanto para braços quanto para pernas, tem demonstrado potencial para aprimorar a capacidade de caminhar em indivíduos com lesões incompletas na medula espinhal (iSCI). Estudos recentes exploraram os benefícios do cicloergômetro de braço voluntário, combinado com a estimulação elétrica funcional (FES) para as pernas, buscando otimizar a reabilitação da marcha.

O estudo em questão investigou métricas adicionais que pudessem quantificar e caracterizar as mudanças na capacidade de caminhar, oferecendo suporte objetivo para avaliações clínicas. A abordagem envolveu métodos computacionais inovadores para analisar a atividade muscular e a suavidade dos movimentos durante a marcha. Foi demonstrado que o cicloergômetro híbrido com FES pode induzir alterações significativas na regularidade dos sinais de atividade muscular e na suavidade dos movimentos das pernas durante a caminhada. A análise da entropia da atividade muscular e da suavidade da trajetória do pé, em função das velocidades, acelerações e solavancos angulares das articulações, forneceu informações valiosas.

Em um paciente com iSCI submetido a treinamento de baixa intensidade com cicloergômetro híbrido FES, observou-se uma diminuição na entropia dos sinais EMG dos músculos flexores e extensores do joelho após o treinamento. A decomposição do solavanco do pé revelou que a componente mais dominante está relacionada aos solavancos angulares das articulações, corroborando resultados anteriores em movimentos de alcance do braço. Após o treinamento, houve uma diminuição na contribuição dessa componente para o solavanco total, indicando um padrão mais equilibrado entre as pernas. Esses resultados sugerem que a análise da entropia da atividade muscular e a decomposição do solavanco podem fornecer informações importantes sobre as mudanças nos padrões e habilidades de marcha, oferecendo suporte quantitativo para a avaliação clínica da capacidade de caminhar.

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