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A administração de corticosteroides antes do nascimento, mais especificamente antes da 34ª semana de gestação, tem sido associada a resultados positivos significativos para o recém-nascido. Estudos indicam uma redução considerável na incidência de síndrome do desconforto respiratório (SDR), hemorragia intraventricular (HIV), enterocolite necrosante (ECN) e, infelizmente, até mesmo a mortalidade neonatal. Além disso, algumas pesquisas sugerem benefícios a longo prazo, como a diminuição do risco de paralisia cerebral e um melhor desenvolvimento psicomotor na infância, promovendo uma sobrevida mais saudável.

Apesar desses benefícios notáveis, é crucial considerar os potenciais riscos associados ao uso de corticosteroides antenatais. Algumas pesquisas apontam para uma possível ligação entre esse tratamento e o desenvolvimento de resistência à insulina na vida adulta. Adicionalmente, há indícios de um aumento na ocorrência de transtornos mentais e comportamentais, bem como uma maior suscetibilidade a infecções durante a infância, especialmente quando o nascimento ocorre no termo previsto. Portanto, a decisão de administrar corticosteroides antenatais deve ser cuidadosamente avaliada, considerando o equilíbrio entre os benefícios e os riscos potenciais.

Diante do balanço favorável entre benefícios e riscos, a administração de uma única dose de corticosteroides antenatais continua sendo recomendada para gestantes com risco de parto prematuro antes da 34ª semana. No entanto, a administração repetida de corticosteroides antenatais, embora possa trazer benefícios respiratórios para o recém-nascido, está associada a uma diminuição do peso ao nascer, que pode ser dose-dependente, e a possíveis comprometimentos neurológicos na infância. Por isso, essa estratégia não é recomendada. Atualmente, pesquisadores exploram abordagens para otimizar a relação benefício-risco do tratamento, como a redução da dose ou a melhoria do momento da administração, buscando garantir a saúde do bebê sem comprometer seu desenvolvimento futuro.

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