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Um estudo recente investigou como a conectividade cerebral na rede de modo padrão (DMN) se altera em pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em diferentes fases da vida. A DMN é uma rede de regiões do cérebro que está mais ativa quando estamos em repouso, pensando em nós mesmos ou divagando. Alterações nessa rede têm sido observadas em indivíduos com TEA, mas a maioria das pesquisas anteriores focava em faixas etárias específicas ou misturava idades.

Esta pesquisa analisou dados de ressonância magnética funcional (fMRI) de 591 participantes com TEA e 725 participantes de controle, divididos em três grupos etários: crianças (até 12 anos), adolescentes (12-18 anos) e adultos (acima de 18 anos). Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada Modelagem Causal Dinâmica Espectral para estimar a conectividade efetiva (EC) dentro da DMN, avaliando oito regiões cerebrais chave. As análises revelaram diferenças significativas na EC entre os grupos com e sem TEA em todas as faixas etárias.

Curiosamente, as crianças com TEA apresentaram tanto hiperconectividade quanto hipoconectividade em diferentes conexões da DMN, com a maioria das conexões mostrando um aumento na EC. Já os adolescentes e adultos com TEA exibiram um padrão misto, mas com predominância de hipoconectividade. As interações entre idade e grupo foram observadas em crianças e adolescentes, mas não em adultos, o que sugere trajetórias de desenvolvimento não lineares. Além disso, em crianças e adultos, algumas conexões cerebrais foram associadas à gravidade dos sintomas do TEA, indicando que essas conexões podem servir como marcadores neurais da severidade dos sintomas. Os resultados enfatizam a importância de abordagens específicas para cada idade na compreensão das bases neurais do TEA, e apontam para o potencial da EC como um biomarcador útil no diagnóstico e intervenção precoce do transtorno.

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