Terapias Não Farmacológicas: Uma Abordagem Inovadora para a Saúde Mental na Terceira Idade
Com o aumento da população idosa, cresce também a incidência de transtornos neuropsiquiátricos, que representam um desafio significativo para o tratamento eficaz e oportuno. Em muitos casos, pacientes geriátricos apresentam múltiplas comorbidades, o que pode levar a efeitos colaterais cumulativos decorrentes do uso de diversos medicamentos, inclusive aqueles destinados a tratar distúrbios neuropsiquiátricos. Para mitigar esses efeitos adversos, as Intervenções Não Farmacológicas (INFs) surgem como uma alternativa promissora no cuidado desses pacientes.
As INFs englobam uma variedade de abordagens terapêuticas, como terapia de estimulação cognitiva, mindfulness e meditação, terapias com música e arte, atividade física, engajamento social, terapia ocupacional, terapia de reminiscência e intervenções assistidas por tecnologia. Essas modalidades de tratamento visam melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos que sofrem de transtornos neuropsiquiátricos, atuando de forma complementar ou, em alguns casos, até mesmo substituindo a necessidade de altas doses de medicamentos.
Embora as INFs apresentem diversos benefícios comprovados, é importante reconhecer suas limitações e desafios. A necessidade de diretrizes padronizadas, a escassez de profissionais qualificados para aplicar essas terapias, a falta de dados sobre os efeitos a longo prazo e o conhecimento ainda limitado sobre os mecanismos de ação são obstáculos que precisam ser superados. No entanto, a promoção do engajamento social, a prática regular de exercícios físicos e o desenvolvimento de hobbies criativos, como desenhar e ouvir música, podem retardar o agravamento dos sintomas neuropsiquiátricos na população idosa, demonstrando o potencial das INFs para promover um envelhecimento mais saudável e ativo.
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