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A doença arterial coronariana continua sendo uma das principais causas de morbidade e mortalidade nos países desenvolvidos. Apesar dos avanços no tratamento e na reabilitação padrão, os programas convencionais podem ser monótonos e pouco envolventes. Uma nova abordagem, a reabilitação cardíaca hipóxica normobárica, que simula condições de alta altitude, tem demonstrado potencial para melhorar a adaptação cardiovascular em pacientes pós-infarto do miocárdio (IM).

Um estudo recente investigou a eficácia e segurança da reabilitação cardíaca baseada em exercícios realizada sob hipóxia normobárica, simulando altitudes de 2000 m e 3000 m acima do nível do mar, em pacientes após IM tratados com intervenção coronária percutânea (ICP). Os resultados indicaram que ambos os grupos apresentaram melhorias significativas na tolerância ao exercício. Surpreendentemente, o treinamento a 3000 m proporcionou benefícios adicionais, como melhoria no equivalente metabólico (MET), no consumo máximo de oxigênio e redução na taxa de troca respiratória. A reabilitação cardíaca sob hipóxia normobárica mostrou-se eficaz e segura em pacientes estáveis após IM.

Embora o treinamento a 3000 m pareça oferecer maiores benefícios em termos de tolerância ao exercício, o estudo também apontou que o treinamento a 2000 m resultou em benefícios ecocardiográficos mais consistentes, com melhorias nas dimensões do ventrículo esquerdo, na fração de ejeção e no MAPSE. Esses resultados sugerem que uma exposição hipóxica moderada (2000 m) pode representar um equilíbrio ideal entre eficácia e segurança na reabilitação pós-IM. A pesquisa demonstra que a reabilitação cardíaca em ambientes que simulam diferentes altitudes pode ser uma estratégia promissora para otimizar a recuperação de pacientes após o infarto, com benefícios tanto na capacidade física quanto na saúde do coração. É importante ressaltar a necessidade de acompanhamento médico especializado para determinar a altitude ideal para cada paciente.

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