Disparidades no acesso à Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para jovens autistas: um olhar sobre o Medicaid
Um estudo recente investigou a existência de disparidades no acesso a serviços de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) para jovens autistas inscritos no Medicaid, o sistema de saúde pública dos Estados Unidos. A pesquisa, publicada na revista Autism, analisou dados de mais de mil jovens com menos de 21 anos e buscou identificar possíveis diferenças na quantidade de horas de terapia ABA recebidas, considerando fatores como raça/etnia e localização geográfica (rural ou não rural).
Os resultados revelaram que, embora crianças mais novas recebam, em média, mais horas de ABA, não foram encontradas diferenças significativas na quantidade de horas de terapia com base na raça/etnia ou sexo. No entanto, o estudo apontou para uma disparidade importante: jovens que vivem em áreas rurais recebem significativamente menos horas de ABA por mês do que aqueles que residem em áreas não rurais. Em média, a diferença chega a quase 11 horas mensais, o que pode ter um impacto considerável no desenvolvimento e bem-estar desses jovens.
Esses achados sugerem que, embora o sistema Medicaid possa estar atenuando algumas disparidades raciais/étnicas no acesso à terapia ABA, ainda existem desafios importantes a serem superados, especialmente no que diz respeito à distribuição dos serviços em áreas rurais. Os autores do estudo enfatizam a necessidade de que os formuladores de políticas públicas concentrem seus esforços em melhorar a disponibilidade e o acesso à ABA para jovens autistas que vivem em comunidades rurais, garantindo que todos tenham a oportunidade de receber o suporte de que precisam para alcançar seu pleno potencial. A análise do comportamento aplicada (ABA) é uma intervenção terapêutica amplamente utilizada para promover o desenvolvimento de habilidades em pessoas com autismo.
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