Saúde Desvendada

A pandemia de COVID-19 impôs uma rápida transição para o ensino online, gerando desafios significativos para a educação em enfermagem, área que tradicionalmente depende de treinamento clínico e prático. Uma pesquisa recente, realizada na Arábia Saudita, investigou como o medo da COVID-19 afetou a prontidão para o aprendizado online entre estudantes de enfermagem do sexo masculino.

O estudo, de caráter transversal, envolveu 110 estudantes de diversas universidades sauditas. Os dados foram coletados utilizando a Escala de Medo da COVID-19 (FCoV-19 S) e um questionário sobre prontidão para o ensino online, abrangendo cinco áreas principais. Os resultados revelaram uma correlação negativa significativa entre o medo da COVID-19 e a prontidão para o aprendizado online. Em outras palavras, quanto maior o medo da doença, menor a disposição dos estudantes para se adaptarem ao ensino a distância. A análise de regressão confirmou que o medo da COVID-19 foi um preditor negativo significativo da prontidão, explicando uma parte considerável da variação observada.

Especificamente, o medo da COVID-19 parece ter afetado negativamente a motivação e a capacidade de aprendizado autodirigido dos estudantes. Diante desse cenário, as instituições de ensino devem considerar a integração de suporte psicológico, estratégias para aprimorar habilidades e infraestrutura digital aprimorada para fortalecer a prontidão dos alunos em face de futuras interrupções acadêmicas. Embora o estudo forneça *insights* valiosos, é importante notar que a amostra incluiu apenas participantes do sexo masculino, o que limita a generalização dos resultados para outras populações.

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