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O filgrastim, um fator de crescimento de colônias de granulócitos (G-CSF), é amplamente utilizado na mobilização de células-tronco do sangue periférico em doadores, sendo geralmente considerado seguro. No entanto, um estudo de caso recente levanta questões importantes sobre os potenciais efeitos colaterais a longo prazo, mesmo em indivíduos saudáveis.

O estudo descreve o caso de uma mulher de 43 anos, fisicamente ativa, que desenvolveu sintomas musculoesqueléticos prolongados após a mobilização de células-tronco com filgrastim. Inicialmente, a paciente apresentou sintomas semelhantes aos da gripe e mialgia difusa (dores musculares), que progrediram após a coleta e comprometeram significativamente sua capacidade funcional diária. Apesar de uma melhora espontânea parcial, os sintomas reapareceram após a fisioterapia e persistiram por nove meses, levando à internação hospitalar. Os achados clínicos incluíram dor nas articulações, inchaço e mobilidade restrita do ombro.

Os exames laboratoriais revelaram marcadores inflamatórios elevados e ANA positivo (anticorpos antinucleares), enquanto os níveis de creatina quinase (uma enzima associada a danos musculares) permaneceram normais. Os exames de imagem revelaram a síndrome de Klippel-Feil (uma condição congênita rara que afeta a coluna vertebral) e alterações degenerativas leves. Uma única dose intramuscular de betametasona, um corticosteroide, levou à recuperação gradual da função muscular. Este caso ressalta a necessidade de reconhecer os possíveis efeitos iatrogênicos (causados por tratamento médico) de longo prazo do G-CSF, mesmo em doadores saudáveis, e destaca a importância do acompanhamento e gerenciamento individualizados. Embora os efeitos colaterais transitórios, como dor óssea e artralgia (dor nas articulações), sejam bem documentados, complicações musculoesqueléticas crônicas são raramente relatadas, especialmente em indivíduos saudáveis.

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