Autismo na Arábia Saudita: Genética, Ambiente e Consanguinidade
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa, influenciada por uma combinação intrincada de fatores genéticos e ambientais. Um estudo recente investigou essa interação na Arábia Saudita, buscando entender melhor as particularidades regionais que podem contribuir para o desenvolvimento do TEA.
A pesquisa identificou que a predisposição genética, frequentemente amplificada pela alta taxa de consanguinidade no país, desempenha um papel crucial. A consanguinidade, ou seja, o casamento entre parentes próximos, pode aumentar a probabilidade de herança de genes recessivos associados ao TEA. Além disso, a exposição pré-natal a certos fatores ambientais, como ftalatos (substâncias químicas encontradas em plásticos e produtos de higiene), estresse materno e deficiência de vitamina D, também foram identificados como fatores de risco significativos. Marcadores neuroinflamatórios e disfunções no metabolismo lipídico também foram observados em indivíduos com TEA.
Embora os resultados deste estudo estejam alinhados com pesquisas globais sobre o TEA, eles também ressaltam padrões regionais distintos na Arábia Saudita. A combinação de fatores genéticos específicos, exacerbados pela consanguinidade, e a exposição a determinados fatores ambientais durante a gravidez pode contribuir para uma maior prevalência do TEA na região. Estudos futuros, com amostras maiores e mais diversificadas, e que integrem dados epigenéticos, são essenciais para desenvolver estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes e direcionadas para a população saudita e outras populações com características semelhantes.
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