Comunicação Social em Autismo: Uma Nova Perspectiva com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde
A comunicação social em crianças e jovens autistas é um tema central na área da saúde, especialmente na fonoaudiologia. Um estudo recente explora como a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) da Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser aplicada para entender e aprimorar as intervenções nessa área. A CIF oferece uma visão holística, alinhada com o paradigma da neurodiversidade, que valoriza as habilidades e o contexto social da pessoa autista.
A pesquisa, conduzida através de uma revisão abrangente da literatura, analisou diversos estudos sobre intervenções de comunicação social em fonoaudiologia. O objetivo era identificar como essas intervenções se relacionam com os domínios da CIF, que incluem funções e estruturas do corpo, atividades, participação e fatores ambientais. Surpreendentemente, nenhum dos estudos analisados mencionava explicitamente a CIF, mas todos abordavam aspectos relacionados à participação e aos fatores ambientais, como atitudes das pessoas e o ambiente físico. Alguns estudos também consideraram outros domínios da CIF, como as estruturas e funções do corpo, fatores pessoais e atividades.
Os resultados sugerem que a CIF pode ser uma ferramenta valiosa para fonoaudiólogos e pesquisadores. Ao analisar as intervenções de comunicação social à luz da CIF, é possível compreender melhor como os componentes dessas intervenções se conectam às categorias da CIF. Isso pode auxiliar no planejamento de intervenções mais eficazes e individualizadas, que considerem não apenas as habilidades de comunicação da criança ou jovem, mas também o impacto do ambiente e os fatores pessoais. A pesquisa destaca a importância de considerar o ambiente físico e social, bem como os fatores pessoais, ao planejar intervenções de comunicação social para pessoas autistas, buscando promover uma maior participação e qualidade de vida.
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