Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

A catatonia, uma síndrome que se manifesta em diversos transtornos psiquiátricos, médicos e do desenvolvimento, tem sido objeto de estudo aprofundado, especialmente em crianças e adolescentes com condições de neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e deficiências intelectuais. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR) não a considera um transtorno isolado, mas sim um especificador ou síndrome associada a outras condições.

Um dos desafios no diagnóstico de catatonia nessas populações reside na sobreposição de critérios do DSM-5-TR com comportamentos inerentes a esses grupos, elevando o risco de diagnósticos falso-positivos. Para aumentar a precisão, propõe-se uma estrutura mais refinada que exige a presença de pelo menos dois de cinco sinais principais: estupor/imobilidade, mutismo de início recente, postura ou catalepsia com flexibilidade cérea, negativismo ou retraimento grave e excitação/agitação independente de estímulos – todos demonstradamente novos ou agravados em relação ao estado basal do indivíduo.

Além disso, a pesquisa aponta para a necessidade de validação psicométrica de ferramentas pediátricas e a integração de biomarcadores para auxiliar no diagnóstico e tratamento. Estudos futuros devem se concentrar na previsão de tratamentos e no refinamento da avaliação do desenvolvimento, visando aprimorar o cuidado clínico e a qualidade de vida de crianças e adolescentes com catatonia e transtornos do neurodesenvolvimento. A compreensão aprofundada dos mecanismos neurobiológicos envolvidos, incluindo o papel do ácido gama-aminobutírico (GABA), glutamato, dopamina e circuitos cortico-estriato-tálamo-corticais, também é crucial para o desenvolvimento de intervenções mais eficazes.

Origem: Link

Deixe comentário