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Um estudo recente investigou a prevalência de epilepsia em indivíduos autistas hospitalizados em unidades psiquiátricas, revelando associações importantes que podem auxiliar no cuidado e aconselhamento de famílias. A pesquisa, publicada no Journal of Autism and Developmental Disorders, analisou dados de mais de 1300 jovens com autismo confirmado pelo ADOS-2, com idades entre 4 e 21 anos.

Os resultados indicaram que 18,9% dos participantes preenchiam os critérios para epilepsia. A análise também revelou que a presença de epilepsia estava significativamente associada a alguns fatores, como idade mais avançada, QI não verbal mais baixo e histórico familiar de convulsões. Além disso, os pesquisadores observaram uma maior probabilidade de testes genéticos prévios e uma carga farmacológica mais alta nesses pacientes. A amostra estudada apresentava uma alta porcentagem de autismo profundo, com 72% demonstrando deficiência intelectual, comunicação verbal mínima ou pontuações muito baixas de funcionamento adaptativo.

Essas descobertas reforçam a importância de considerar a comorbidade entre autismo e epilepsia, especialmente em contextos psiquiátricos. A identificação de novos fatores associados, como a probabilidade aumentada de testes genéticos, pode contribuir para uma melhor compreensão das necessidades desses pacientes e para o desenvolvimento de estratégias de intervenção mais eficazes. A pesquisa destaca a necessidade de uma abordagem multidisciplinar e individualizada no cuidado de indivíduos autistas com epilepsia, visando otimizar tanto o tratamento psiquiátrico quanto o controle das crises epilépticas.

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