Autismo Infantil: Desafios Alimentares e a Importância de Estratégias Personalizadas
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente enfrentam desafios alimentares significativos, que podem impactar sua saúde e bem-estar geral. Um estudo recente investigou a relação entre os sintomas do autismo e os problemas de alimentação em crianças chinesas, revelando padrões alimentares específicos e suas associações com características clínicas.
A pesquisa, que envolveu mais de 800 crianças, incluindo um grupo com TEA e um grupo de controle, identificou que as crianças autistas tendem a apresentar menor ingestão de proteínas, deficiências de vitaminas e minerais, maior exposição a aditivos alimentares e, em geral, uma qualidade inferior na dieta. Elas consomem menos frutas e vegetais e mais gorduras de origem animal, com uma porcentagem considerável excedendo as necessidades energéticas diárias recomendadas, o que sugere uma preferência por alimentos ultraprocessados e ricos em calorias. Esses padrões alimentares podem levar a deficiências nutricionais e outros problemas de saúde a longo prazo.
Além disso, o estudo destacou o papel mediador do comportamento alimentar na ligação entre os sintomas do autismo e os problemas de dieta. A falta de prazer ao comer e a seletividade alimentar foram associadas à baixa motivação social e às deficiências nutricionais. Dificuldades na resposta à comida e padrões de alimentação emocional também mediaram a relação entre comportamentos restritivos e repetitivos e maior exposição a emulsificantes e espessantes. Portanto, abordar os comportamentos alimentares específicos de cada criança é crucial para melhorar sua nutrição e saúde geral. Implementar estratégias de tratamento personalizadas, que visem esses comportamentos, pode ser uma forma eficaz de superar os desafios alimentares e promover uma dieta mais equilibrada e nutritiva para crianças com autismo.
Origem: Link