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A atenção social atípica, manifestada pela dificuldade em manter contato visual, é um dos indicadores precoces mais confiáveis do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um estudo francês acompanhou 88 participantes com autismo e 56 sem o transtorno, investigando como eles processam o olhar em rostos com atenção direta ou desviada.

Durante o experimento, os pesquisadores monitoraram o comportamento de fixação ocular dos participantes enquanto observavam fotos de rostos. Foi notado que os olhos em rostos com olhar direto atraíam mais fixações do que aqueles com olhar desviado. Contudo, os participantes com autismo demonstraram um Índice de Fixação Ocular (EFI) significativamente reduzido, indicando uma menor tendência a fixar o olhar nos olhos, além de tempos de resposta mais longos. Curiosamente, o EFI e os tempos de resposta apresentaram uma forte correlação negativa, sugerindo que a forma como os participantes observavam os rostos influenciava suas respostas.

A análise revelou que o EFI estava ligado ao controle atencional e impactava o tempo de reação dos participantes. O desempenho na tarefa também foi afetado por outras variáveis individuais, como sintomas de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), funções executivas e a gravidade do autismo, conforme avaliado pela Escala de Responsividade Social (SRS-2). Esses achados reforçam a importância da atenção visual como um biomarcador potencial para o TEA e ressaltam a complexidade dos fatores que influenciam o processamento social em indivíduos com autismo.

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