Autismo e Doença de Parkinson: Uma Ligação Inesperada na Atividade da Dopamina?
Um estudo recente investigou a possível ligação entre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Doença de Parkinson (DP), revelando uma conexão intrigante relacionada à atividade da dopamina. Pesquisas anteriores já haviam demonstrado um risco aumentado de desenvolver Parkinson em indivíduos com autismo, chegando a ser seis vezes maior do que na população em geral. Essa nova pesquisa busca entender melhor essa relação, analisando a atividade dopaminérgica no cérebro de jovens adultos com TEA.
O estudo utilizou uma técnica de imagem cerebral chamada tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT) para avaliar a captação do transportador de dopamina (DaT) no estriado, uma região do cérebro importante para o controle motor e o sistema de recompensa. Os resultados preliminares indicaram que alguns participantes com TEA apresentavam anormalidades na captação de DaT, sugerindo uma possível disfunção no sistema dopaminérgico. Essa descoberta é particularmente relevante, pois a disfunção dopaminérgica é uma característica marcante da Doença de Parkinson.
Embora os resultados sejam considerados preliminares e necessitem de confirmação em estudos maiores, eles abrem novas perspectivas para a compreensão da relação entre autismo e Parkinson. A investigação da atividade dopaminérgica em indivíduos com TEA, especialmente em diferentes faixas etárias, pode ajudar a identificar marcadores precoces de risco para o desenvolvimento de Parkinson e, potencialmente, levar a intervenções preventivas ou terapêuticas mais eficazes. Além disso, essa pesquisa destaca a importância de considerar a saúde neurológica a longo prazo em pessoas com autismo, visando garantir uma melhor qualidade de vida e bem-estar ao longo do envelhecimento.
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