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A infecção por Helicobacter pylori (H. pylori) é uma condição comum que afeta uma grande parcela da população mundial. No Brasil, um estudo recente investigou a prevalência dessa bactéria entre gastroenterologistas e gastroendoscopistas, profissionais de saúde que lidam diretamente com o sistema digestivo e realizam procedimentos endoscópicos. A pesquisa buscou determinar se esses especialistas enfrentam um risco ocupacional aumentado de infecção por H. pylori.

O estudo, conduzido durante a Semana Brasileira de Doenças Digestivas de 2022, envolveu 286 participantes que se submeteram ao teste respiratório com ureia marcada com carbono-13 (13C-UBT) para verificar a presença da bactéria. Os participantes também responderam a um questionário detalhado sobre seus dados demográficos, especialidades médicas e atividades profissionais. Os resultados revelaram que a prevalência geral de H. pylori entre os gastroenterologistas e gastroendoscopistas participantes foi de 23,8%. Ao excluir os indivíduos que já haviam realizado tratamento prévio para a infecção, a prevalência atual foi de 25,1%.

Um achado interessante do estudo foi a ausência de diferença estatisticamente significativa na prevalência de H. pylori entre os profissionais que realizam procedimentos endoscópicos e aqueles que não realizam (28,4% e 23,2%, respectivamente). Isso sugere que a realização de endoscopias não parece aumentar o risco de infecção por H. pylori entre esses profissionais no Brasil. Os autores do estudo destacam que a prevalência de H. pylori entre gastroenterologistas brasileiros é moderada, com um em cada quatro profissionais ainda infectado. A pesquisa também indica que a prevalência da infecção aumenta com a idade e é mais elevada em indivíduos com sobrepeso e obesidade. A detecção e o tratamento adequados da infecção por H. pylori são cruciais para prevenir complicações gastrointestinais, como úlceras e câncer de estômago.

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