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O autismo, um transtorno do neurodesenvolvimento complexo, apresenta desafios significativos no diagnóstico precoce e preciso. Caracterizado por dificuldades na interação social e padrões de comportamento repetitivos, o autismo manifesta uma ampla gama de sintomas, tornando a identificação um processo delicado, especialmente durante a infância, quando o desenvolvimento está em constante mudança.

Uma pesquisa recente explora o potencial da inteligência artificial (IA) para auxiliar no diagnóstico de autismo em crianças. O estudo utilizou um modelo de aprendizado profundo (deep learning) interpretável, treinado com dados de ressonância magnética estrutural (RM estrutural) do cérebro de crianças entre 9 e 11 anos. O objetivo foi identificar biomarcadores cerebrais relevantes para o autismo, que pudessem complementar a avaliação clínica tradicional.

Os resultados demonstraram que o modelo de IA conseguiu diferenciar crianças com autismo de crianças com desenvolvimento típico com uma precisão considerável. Mais importante, o modelo destacou regiões cerebrais já conhecidas por estarem associadas ao autismo, como o cuneus, o córtex pericalcarino, os ventrículos, o lobo lingual, os lóbulos do vermis, o caudado e o tálamo. Essa capacidade de identificar áreas relevantes do cérebro oferece insights valiosos para a compreensão da base neural do autismo e pode auxiliar os médicos na tomada de decisões clínicas mais informadas. O estudo aponta para um futuro promissor, onde a IA pode se tornar uma ferramenta importante no diagnóstico e tratamento do autismo, melhorando a qualidade de vida de crianças e suas famílias.

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