HATCoRe: Nova Esperança na Reabilitação de Crianças com Atraso no Desenvolvimento
Crianças com atrasos no desenvolvimento frequentemente enfrentam dificuldades com habilidades motoras, tornando a fisioterapia tradicional um desafio. Um estudo recente explorou a viabilidade de um dispositivo inovador chamado Head And Trunk Control Rehabilitation (HATCoRe), projetado para oferecer uma alternativa interativa na reabilitação. O objetivo principal foi avaliar a funcionalidade e a aceitabilidade do dispositivo, coletando feedback de especialistas, cuidadores de crianças com desenvolvimento atípico e das próprias crianças.
O estudo envolveu a avaliação do HATCoRe por especialistas, que analisaram a facilidade de uso e sugeriram melhorias. Crianças, tanto com desenvolvimento típico quanto atípico, participaram de exercícios utilizando o dispositivo, permitindo o teste de parâmetros importantes como tentativas de levantar a cabeça, tempo de sustentação, preferências por estímulos visuais e auditivos, tempo de reação, nível de diversão e conforto. Os cuidadores das crianças com desenvolvimento atípico também contribuíram com suas percepções sobre a ferramenta. O dispositivo foi ajustado com base nesse feedback, personalizando os estímulos audiovisuais para atender às necessidades de cada participante.
Os resultados iniciais indicam que o HATCoRe apresenta um grande potencial para o uso clínico. Apesar de desafios logísticos que influenciaram as taxas de recrutamento e de uma falha técnica no gerenciamento de dados, o dispositivo se mostrou seguro e alcançou alta adesão. O tempo de reação variou consideravelmente entre os participantes, e recomendações para sessões mais curtas foram feitas para aumentar a aceitação do dispositivo. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de estudos em larga escala para confirmar a eficácia do HATCoRe e avaliar sua relação custo-benefício na reabilitação de crianças com desenvolvimento atípico, além de observar que ele pode ser uma ferramenta objetiva para acompanhar o progresso dos pacientes e engajar os cuidadores no processo de reabilitação. No entanto, estudos maiores são necessários para confirmar esses achados.
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