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O delirium pós-operatório (DPO) e a agitação ao despertar da anestesia são complicações frequentes em pacientes idosos submetidos a cirurgias toracoscópicas videoassistidas (VATS). Essas condições podem impactar negativamente a recuperação, prolongando o tempo de internação e aumentando os custos hospitalares. Um estudo recente investigou a eficácia do remimazolam em comparação com a dexmedetomidina na prevenção do DPO e da agitação em pacientes idosos submetidos a VATS.

O estudo, randomizado e duplo-cego, envolveu 176 pacientes idosos com câncer de pulmão que seriam submetidos a VATS. Os pacientes foram divididos em dois grupos: um recebeu dexmedetomidina e o outro, remimazolam. Os resultados mostraram que o remimazolam não foi inferior à dexmedetomidina na prevenção do DPO e da agitação, com taxas de incidência semelhantes entre os grupos. Adicionalmente, o grupo que recebeu remimazolam apresentou maior estabilidade hemodinâmica durante a cirurgia, necessitando de menores doses de opioides e vasopressores. O tempo de extubação também foi menor neste grupo.

Esses achados sugerem que o remimazolam pode ser uma alternativa segura e eficaz à dexmedetomidina para anestesia em pacientes idosos submetidos a VATS. A estabilidade hemodinâmica aprimorada e a menor necessidade de opioides e vasopressores podem contribuir para uma recuperação mais rápida e com menos complicações. A correlação significativa entre hipotensão, agitação e DPO reforça a importância do monitoramento e controle da pressão arterial durante e após a cirurgia para minimizar o risco de delirium. Mais pesquisas são necessárias para confirmar esses resultados e investigar os benefícios do remimazolam em outras populações e procedimentos cirúrgicos. O uso de remimazolam pode otimizar o cuidado pós-operatório, particularmente em pacientes vulneráveis como os idosos.

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