Saúde Desvendada

Cuidar de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser desafiador. Estudos apontam que cuidadores frequentemente enfrentam dificuldades de saúde mental, complexidades no cuidado e desafios no emprego. Buscando soluções, pesquisadores investigaram a custo-efetividade de uma intervenção psicossocial em grupo, chamada Empower-Autism, combinada com o tratamento usual, em comparação com o tratamento usual isolado, para cuidadores de crianças recém-diagnosticadas com TEA.

O estudo, realizado no noroeste da Inglaterra, envolveu 379 cuidadores primários de crianças com diagnóstico recente de TEA. Os dados econômicos foram coletados prospectivamente. A principal medida de resultado foi a quantidade de anos de vida ajustados pela qualidade (QALYs) após 52 semanas de acompanhamento. A análise dos dados, incluindo o tratamento de dados faltantes, revelou resultados contrastantes. A análise de caso completo sugeriu que a intervenção pode ser custo-efetiva, enquanto a análise primária indicou um custo mais elevado por QALY ganho. A utilização do questionário GHQ-30, que avalia a saúde mental, como medida de benefício, apontou para um custo de £150 por ponto de melhoria, representando um ganho de saúde estatisticamente significativo.

Apesar da incerteza causada pela proporção de participantes com dados incompletos, possivelmente influenciada pela pandemia de COVID-19, os resultados sugerem que a intervenção Empower-Autism pode ser custo-efetiva. No entanto, os autores enfatizam a necessidade de mais pesquisas para explorar o potencial de custo-efetividade a longo prazo dessa abordagem. Esses resultados preliminares oferecem uma perspectiva promissora para o desenvolvimento de intervenções direcionadas a melhorar a qualidade de vida dos cuidadores de crianças com TEA e, consequentemente, o bem-estar de toda a família.

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