Saúde Desvendada

Seu local de informações de saúde

Sobreviventes de queimaduras graves frequentemente enfrentam desafios significativos em sua saúde mental, além das dificuldades físicas. Uma pesquisa recente investigou a relação entre a reatividade emocional, a regulação das emoções e a gravidade das queimaduras com o desenvolvimento de sintomas de depressão, ansiedade e Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) nesses indivíduos.

O estudo, realizado no Hospital Nacional de Queimaduras no Vietnã, envolveu 146 participantes com queimaduras graves, com idade média de 42 anos. Os resultados revelaram que uma maior reatividade emocional estava associada a níveis mais elevados de sintomas de depressão, ansiedade e TEPT. Surpreendentemente, as estratégias de regulação emocional, como a reavaliação cognitiva e a supressão expressiva, não atenuaram a ligação entre a reatividade emocional e os resultados de saúde mental. Em outras palavras, mesmo que os participantes tentassem controlar ou modificar suas emoções, isso não reduziu o impacto negativo da alta reatividade emocional em seu bem-estar psicológico.

Adicionalmente, a pesquisa constatou que não houve uma associação significativa entre a área total da superfície corporal queimada e os sintomas psicológicos. No entanto, queimaduras mais profundas foram relacionadas a um aumento nos níveis de sintomas. Especificamente, sobreviventes com queimaduras de segundo e terceiro graus mistos apresentaram níveis mais altos de depressão e ansiedade em comparação com aqueles que tinham apenas queimaduras de segundo grau. Esses achados sugerem que a profundidade da queimadura, e não apenas a extensão, pode ser um fator crucial no desenvolvimento de problemas de saúde mental. Estes resultados indicam a necessidade de políticas de saúde que priorizem o controle da dor e o suporte emocional para sobreviventes de queimaduras, reconhecendo a complexa interação entre a gravidade da lesão e a saúde mental.

Origem: Link

Deixe comentário