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Um caso incomum chamou a atenção de dermatologistas: uma menina de 4 anos, com autismo não verbal, apresentou uma erupção cutânea persistente e incomum na região perianal. A erupção, que durava três meses, era caracterizada por pápulas inflamadas, com coloração que variava entre tons violáceos e cor da pele, além de apresentar uma aparência verrucosa e em formato de cúpula, com ulcerações em forma de cratera sobre uma base avermelhada.

Devido às características atípicas da lesão, sua localização e a população específica da paciente, os médicos consideraram um amplo diagnóstico diferencial, incluindo a possibilidade de abuso. A aparência clínica de lesões como essa pode mimetizar diversas condições cutâneas em crianças, o que exige uma avaliação cuidadosa para descartar outras causas. No entanto, após uma análise completa do histórico da paciente, biópsia e cultura das lesões, a equipe médica conseguiu direcionar o diagnóstico para uma condição mais benigna e, muitas vezes, subestimada.

O diagnóstico final foi de pápulas e nódulos pseudoverrucosos, uma erupção cutânea raramente observada em crianças. Essa condição é mais comum em pacientes idosos, debilitados e acamados, que sofrem de incontinência urinária e/ou fecal. Este caso ressalta a importância de uma abordagem holística no cuidado de pacientes com autismo, considerando sempre o contexto clínico completo antes de chegar a um diagnóstico definitivo, especialmente em indivíduos mais vulneráveis. Além disso, enfatiza a relevância da educação de pacientes e seus cuidadores sobre a saúde da pele, particularmente em populações com necessidades especiais.

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