Saúde Desvendada

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A inflamação em nosso corpo, mesmo que em outros locais que não o cérebro, pode ter um impacto significativo na saúde mental, levando a comportamentos de ansiedade e lentidão psicomotora. Pesquisadores têm se dedicado a entender como essa conexão se estabelece, focando em áreas cerebrais chave como o núcleo accumbens (NAc), responsável por regular a motivação e as emoções.

Um estudo recente investigou o papel das células microgliais, as células de defesa do cérebro, nesse processo inflamatório. Descobriu-se que, em resposta à inflamação sistêmica, essas células se tornam mais reativas no NAc e começam a “podar” as conexões entre os neurônios, especialmente aqueles que recebem dopamina, um neurotransmissor crucial para o humor e a motivação. Essa poda, ou engulfment, dos inputs excitatórios (vGLUT1) pelos microglia, leva a uma diminuição da excitabilidade dos neurônios D1-MSNs, que regulam a locomoção e estados emocionais.

Os resultados mostraram que, em modelos animais, a inflamação induzida por LPS (lipopolissacarídeo) causou comportamentos semelhantes à ansiedade e diminuição da locomoção. Essa resposta estava associada à redução da atividade dos neurônios D1-MSNs no NAc. Adicionalmente, a presença de microglia reativas diminuiu a resposta dos neurônios do NAc à dopamina e ao glutamato, aumentando a fagocitose dos elementos sinápticos. Esses achados sugerem que a inflamação sistêmica pode desencadear comportamentos ansiosos através da ativação das células microgliais e da subsequente modificação das conexões neurais no núcleo accumbens. Compreender esses mecanismos pode abrir caminho para novas abordagens terapêuticas para distúrbios de humor associados à inflamação.

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