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A crescente dependência de celulares entre jovens adultos tem despertado a atenção de pesquisadores, principalmente em relação aos seus efeitos cognitivos. Embora os celulares sejam frequentemente apontados como distrações em tarefas cotidianas, os processos psicológicos subjacentes a esses efeitos ainda não são totalmente compreendidos. Um estudo recente investigou como a representação mental da separação do celular pode influenciar a memória de trabalho (WM) e o tempo de reação.

A pesquisa, publicada na revista Cognitive Research: Principles and Implications, envolveu 75 participantes com idade média de 21,3 anos. Os participantes foram divididos em três grupos: um grupo com separação induzida do celular, um grupo com separação natural e um grupo de controle. Todos realizaram uma tarefa de tempo de reação de escolha (CRT) e uma tarefa dupla, que consistia no CRT juntamente com uma tarefa de WM. Os resultados mostraram que a carga de WM impactou negativamente o desempenho cognitivo, com o grupo de separação induzida apresentando os maiores prejuízos. Os parâmetros do modelo ex-Gaussiano, usados para analisar o desempenho no CRT, foram sensíveis à carga de WM e à separação do celular.

Os achados sugerem que a representação mental da separação do celular, especialmente quando induzida, pode esgotar os recursos cognitivos e prejudicar as funções executivas. Isso destaca a necessidade de desenvolver estratégias para mitigar os custos cognitivos da dependência de celulares, particularmente em contextos aplicados de alto risco, como direção ou operação de maquinário. É crucial entender como essa dependência afeta nossa capacidade de concentração e memória para podermos tomar medidas preventivas e promover um uso mais consciente e saudável da tecnologia, preservando nossa saúde cognitiva e bem-estar.

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