Telereabilitação Assíncrona: Um Caminho Promissor para a Recuperação Pós-COVID-19
A telereabilitação, especialmente em sua forma assíncrona, emerge como uma ferramenta valiosa no processo de recuperação de pacientes que superaram a COVID-19. Um estudo recente investigou o impacto de um programa de telereabilitação assíncrona na autoeficácia e motivação para a atividade física em pacientes pós-alta hospitalar. A autoeficácia, a crença na própria capacidade de realizar tarefas, desempenha um papel crucial na adesão a programas de reabilitação e na melhoria da condição física geral.
O estudo, um ensaio clínico randomizado piloto, envolveu pacientes pós-COVID-19 divididos em dois grupos: um grupo de telereabilitação assíncrona e um grupo de reabilitação baseado em materiais impressos. Ambos os grupos participaram de uma intervenção de 12 semanas composta por exercícios terapêuticos e educação. Os resultados revelaram que o grupo de telereabilitação apresentou melhorias significativas em todas as variáveis analisadas, demonstrando mudanças clínicas notáveis na motivação geral. Além disso, o acompanhamento por três e seis meses revelou diferenças estatisticamente significativas na autoeficácia em favor do grupo de telereabilitação.
Esses achados sublinham o potencial da telereabilitação assíncrona para impulsionar a autoeficácia e a motivação extrínseca em um curto período, o que pode facilitar uma maior adesão aos programas de reabilitação e, consequentemente, aprimorar a condição física dos pacientes. Observou-se, inclusive, uma correlação direta entre a autoeficácia e a distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, bem como com testes de sentar e levantar. Embora os resultados sejam promissores, o estudo também aponta para a possibilidade de que os benefícios possam ser limitados em longo prazo, sugerindo a necessidade de acompanhamento contínuo e adaptação das estratégias de telereabilitação para manter os resultados positivos ao longo do tempo.
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