Saúde Desvendada

Um estudo recente investigou a intrincada relação entre cognição social, aculturação e valores culturais em jovens adultos latinos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A pesquisa buscou entender como esses fatores interagem e influenciam as habilidades sociais nesse grupo específico, além de avaliar o impacto de uma intervenção voltada para a fase adulta.

O estudo envolveu 56 jovens adultos latinos com TEA, que participaram de medidas pré-intervenção. Desses, 40 participaram da intervenção chamada ¡Iniciando! la Adultez. Os participantes foram submetidos ao Edinburgh Social Cognition Test (ESCoT) e questionários culturais para avaliar suas habilidades de cognição social e seus valores culturais. Um subgrupo de 27 participantes repetiu o ESCoT após a intervenção para verificar possíveis mudanças. Os resultados mostraram que, embora não tenha havido uma melhora significativa nas pontuações do ESCoT após a intervenção, os participantes relataram níveis moderados de estresse de aculturação, baixa aculturação nos Estados Unidos e forte crença nos valores de familismo e respeito.

Curiosamente, o estudo revelou uma correlação positiva entre maiores pontuações em independência/autoconfiança e as pontuações do ESCoT após a intervenção. Essa descoberta sugere que a autonomia pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da cognição social em jovens latinos com TEA. Os autores enfatizam a importância de futuras pesquisas que integrem valores culturais nas intervenções para melhorar os resultados. Intervenções culturalmente adaptadas que promovam a autonomia podem ser mais eficazes no aprimoramento das habilidades sociais para jovens adultos latinos com TEA. O estudo ressalta a necessidade de considerar a diversidade cultural ao desenvolver e implementar intervenções para pessoas com TEA, garantindo que elas sejam relevantes e eficazes para diferentes grupos culturais.

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