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A disfonia, caracterizada por alterações na qualidade da voz, tem sido uma sequela notável em pacientes que sobreviveram à COVID-19, especialmente aqueles que necessitaram de internação em unidades de terapia intensiva (UTI). Um estudo recente investigou a prevalência e os fatores de risco associados à disfonia em sobreviventes de quadros críticos da doença, revelando dados importantes sobre o impacto da COVID-19 na saúde vocal.

A pesquisa, que avaliou pacientes em uma clínica de reabilitação pós-COVID-19, identificou queixas vocais persistentes mesmo após quatro meses da alta hospitalar. Os sintomas mais comuns relatados incluíram garganta seca, pigarro frequente, rouquidão e fadiga vocal. Interessantemente, o estudo apontou que as mulheres apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver disfonia e dificuldades vocais, sugerindo uma predisposição ou vulnerabilidade maior do sexo feminino às complicações vocais pós-COVID-19.

Outro achado relevante foi a associação entre a intubação orotraqueal (IOT) durante o período de internação e o desenvolvimento de distúrbios laríngeos. Mais de um quarto dos pacientes avaliados apresentaram alterações na laringe relacionadas à IOT, com maior incidência de eritema (vermelhidão) e edema (inchaço) nas regiões da hipofaringe e supraglote. Além disso, o estudo identificou que o sexo feminino, juntamente com a persistência de sintomas como tosse e dispneia (falta de ar), foram preditores significativos de sintomas vocais, reforçando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento e reabilitação desses pacientes. Esses resultados ressaltam a importância do acompanhamento fonoaudiológico em pacientes que tiveram COVID-19 grave, visando a identificação precoce e o manejo adequado das alterações vocais decorrentes da doença.

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