Saúde Desvendada

A exposição a espaços verdes durante a gravidez pode ter um impacto significativo no desenvolvimento cognitivo da criança, segundo um estudo recente. A pesquisa investigou a relação entre a proximidade a áreas verdes no período pré-natal e as funções cognitivas em crianças, buscando entender os mecanismos biológicos por trás dessa associação.

O estudo, realizado com pares de mães e filhos, analisou os níveis do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF1) no sangue do cordão umbilical dos recém-nascidos. O IGF1 é uma proteína que desempenha um papel crucial no crescimento e desenvolvimento, incluindo o desenvolvimento neurológico. Os pesquisadores correlacionaram a exposição a espaços verdes, definida como a proximidade da residência materna a áreas com vegetação, com os níveis de IGF1 no sangue do cordão e, posteriormente, com o desempenho cognitivo das crianças entre 4 e 6 anos de idade. As habilidades cognitivas foram avaliadas através de testes neuropsicológicos padronizados.

Os resultados indicaram que a exposição a vegetação de baixa altura (menos de 3 metros) durante a gravidez está associada a níveis mais elevados de IGF1 nos recém-nascidos. Além disso, esses níveis de IGF1 foram preditores de melhor desempenho em tarefas que avaliam a atenção e a velocidade psicomotora na infância. A análise revelou que o IGF1 desempenha um papel mediador na relação entre a exposição pré-natal a espaços verdes e o tempo de reação em tarefas motoras. Em outras palavras, a exposição a áreas verdes pode influenciar positivamente o desenvolvimento cognitivo infantil, em parte, através do aumento dos níveis de IGF1 ao nascimento. Isso sugere que a proximidade a áreas verdes durante a gravidez pode oferecer benefícios cognitivos duradouros para a criança.

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