Como a Experiência Modela a Conectividade Cerebral em Bebês
Um estudo recente investigou como a experiência de bebês com ações como pegar e apontar influencia a forma como seus cérebros se conectam durante a observação dessas mesmas ações. A pesquisa, publicada no periódico Scientific Reports, focou na conectividade motora-visual em bebês de 10 a 12 meses, um período crucial no desenvolvimento de habilidades motoras.
Os pesquisadores analisaram dados de eletroencefalogramas (EEGs) coletados enquanto os bebês observavam vídeos de pessoas pegando objetos e apontando. Eles descobriram que a conectividade motora-visual, já conhecida por estar presente durante a observação de ações de pegar, parece ser influenciada pela experiência individual de cada bebê. Surpreendentemente, a observação de ações de apontar não apresentou as mesmas diferenças significativas.
Um achado interessante foi a evidência preliminar de um aumento na conectividade frontal-motora-visual durante a observação do gesto de apontar após uma intervenção que visava apoiar o desenvolvimento dessa habilidade. Isso sugere que diferentes estágios de competência em uma ação podem estar associados a mudanças distintas nos mecanismos neurais que sustentam a percepção da ação. Em outras palavras, a forma como o cérebro processa e se conecta ao observar uma ação pode mudar à medida que a criança se torna mais habilidosa nessa ação. Este estudo abre novas portas para entender como as experiências moldam o desenvolvimento cerebral infantil e sua percepção do mundo ao seu redor, demonstrando a plasticidade do cérebro nos primeiros anos de vida.
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