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O delirium pós-operatório, uma complicação frequente em pacientes idosos submetidos a cirurgias, muitas vezes passa despercebido pelas equipes médicas. Um estudo recente realizado em um centro cirúrgico na Nigéria revelou uma alta prevalência de delirium não diagnosticado em pacientes com 65 anos ou mais. Essa condição, caracterizada por confusão mental e alterações no nível de consciência, pode ter impactos significativos na recuperação e no bem-estar do paciente.

A pesquisa, que acompanhou 304 pacientes, identificou que 24% deles desenvolveram delirium após a cirurgia. Surpreendentemente, mais de 90% desses casos não foram detectados pelas equipes cirúrgicas e de enfermagem responsáveis pelo cuidado. Os subtipos de delirium mais comuns foram o hipoativo e o hiperativo, ambos presentes em proporções semelhantes (35,6% cada). O delirium hipoativo, caracterizado por lentidão e diminuição da atividade, pode ser mais difícil de identificar do que o hiperativo, que envolve agitação e comportamento inadequado.

O estudo também apontou fatores de risco modificáveis associados ao delirium pós-operatório, como a anemia perioperatória e a transfusão de sangue. Pacientes com anemia durante o período cirúrgico apresentaram um risco significativamente maior de desenvolver delirium. Da mesma forma, a transfusão de sangue também foi identificada como um fator contribuinte. A identificação e o manejo adequado desses fatores de risco, juntamente com a implementação de protocolos de monitoramento de delirium, podem contribuir para a prevenção e o tratamento precoce dessa complicação, melhorando a segurança e a qualidade do cuidado para pacientes idosos submetidos a cirurgias. A educação continuada dos profissionais de saúde sobre o delirium pós-operatório e o uso de ferramentas de avaliação validadas são cruciais para aumentar a taxa de detecção e garantir uma intervenção oportuna.

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