Probiótico Promissor: *Limosilactobacillus reuteri* e o Potencial no Autismo
O eixo intestino-cérebro tem sido foco de diversas pesquisas nos últimos anos, revelando a intrincada relação entre a saúde intestinal e o funcionamento cerebral. Nesse contexto, o probiótico Limosilactobacillus reuteri tem se destacado por seu potencial em modular essa comunicação, abrindo novas perspectivas para o tratamento de condições neurológicas, incluindo o autismo.
Um estudo recente investigou o impacto da administração de L. reuteri em um modelo animal de autismo induzido por separação materna. Ratos machos foram divididos em grupos: um submetido à separação materna e tratado com o probiótico (MS+LR), outro submetido à separação materna e tratado com placebo (MS), e um grupo controle, sem separação. Os resultados mostraram que o grupo MS+LR apresentou uma colonização significativamente maior por L. reuteri, além de melhorias notáveis em comportamentos sociais e redução de comportamentos repetitivos, características frequentemente associadas ao autismo.
Além das observações comportamentais, a análise do cérebro dos animais revelou alterações importantes. O grupo MS+LR exibiu uma expressão normalizada de ocitocina, um hormônio crucial para o comportamento social, em uma região específica do cérebro chamada núcleo paraventricular. Adicionalmente, a estrutura cerebral, avaliada em áreas como o córtex pré-frontal medial, demonstrou modificações que sugerem um efeito protetor do L. reuteri contra as alterações induzidas pela separação materna. Esses achados indicam que o L. reuteri pode atenuar sintomas semelhantes aos do autismo, possivelmente através da modulação da estrutura cerebral por meio de vias dependentes da ocitocina, abrindo portas para novas abordagens terapêuticas no futuro.
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