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Um estudo recente investigou o uso de múltiplos idiomas por adultos autistas, comparando seus comportamentos linguísticos com os de indivíduos não autistas que também são multilingues. A pesquisa, publicada no Journal of Autism and Developmental Disorders, buscou entender como pessoas autistas multilingues utilizam suas diferentes línguas no dia a dia.

Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram dados de 364 participantes, dos quais 177 foram incluídos na análise final. O grupo era composto por 98 adultos autistas (idade média de 44,5 anos) e 79 adultos não autistas (idade média de 42,2 anos). O uso de múltiplos idiomas e o comportamento de alternância entre línguas foram avaliados por meio de um questionário online desenvolvido especificamente para essa pesquisa.

Os resultados do questionário revelaram que os participantes autistas se consideravam mais multilingues, com base no número de idiomas que conheciam, e usavam seus respectivos idiomas com mais frequência do que os participantes não autistas. No entanto, eles relataram que a alternância entre os idiomas exigia mais esforço. Uma parcela significativa de indivíduos autistas também relatou usar uma língua não nativa diariamente, e um número semelhante de participantes autistas e não autistas relataram ter vivido em um país onde sua primeira ou segunda língua era falada. Em geral, os participantes autistas relataram um uso de idiomas multilingues comparável ou maior do que os participantes não autistas. Esses achados desafiam algumas percepções e indicam que adultos autistas multilingues levam vidas ativas e comparáveis a seus pares neurotípicos no que diz respeito ao uso de idiomas. Estudos futuros devem explorar mais a fundo a relação entre indivíduos autistas multilingues e suas comunidades linguísticas, bem como a flexibilidade cognitiva associada a viver vidas multilingues e transnacionais.

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