Vibração do Assento: Aliada no Bem-Estar em Veículos Autônomos?
A busca por conforto e bem-estar em ambientes de condução autônoma tem levado a inovações surpreendentes. Um estudo recente investigou os efeitos da vibração do assento em sinais biométricos e estabilidade postural durante longos períodos sentados, simulando uma experiência de direção autônoma. Participaram da pesquisa adultos jovens e idosos, que assistiram a vídeos de direção em rodovias por 120 minutos, com e sem vibração rítmica no assento (2 Hz, imitando a respiração natural).
Os resultados revelaram que a vibração do assento pode trazer benefícios significativos para a saúde. Observou-se um aumento na atividade parassimpática, indicando uma redução do estresse autônomo. Além disso, a postura permaneceu mais estável sob vibração, com menor assimetria e oscilação, enquanto a condição sem vibração mostrou uma deterioração postural ao longo do tempo. A temperatura da pele também foi menor no grupo com vibração, sugerindo um possível mecanismo termorregulatório.
Apesar dos benefícios na estabilidade fisiológica e postural, o estudo também apontou que a vibração pode não melhorar – e até mesmo prejudicar ligeiramente – o estado de alerta cognitivo, especialmente em idosos. Os participantes submetidos à vibração apresentaram mais falsos inícios em tarefas de vigilância psicomotora. Isso sugere que estratégias adaptativas de vibração podem ser necessárias para equilibrar o relaxamento fisiológico e o estado de alerta cognitivo em ambientes de mobilidade, especialmente para diferentes faixas etárias. Em suma, a vibração rítmica do assento pode contribuir para aumentar o conforto dos passageiros e reduzir os riscos relacionados à fadiga, sobretudo em idosos, mas requer um ajuste fino para otimizar o desempenho cognitivo.
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