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O para-cresol (pC) é um composto fenólico ao qual os seres humanos podem ser expostos tanto através de fontes ambientais, como poluentes, quanto pela produção endógena da microbiota intestinal. A Clostridioides difficile parece ser uma das principais fontes de pC dentro do organismo. Uma vez absorvido, o pC se liga fortemente às proteínas no plasma e circula predominantemente em suas formas conjugadas hepáticas: sulfato de p-cresil (pCS) e glucuronídeo de p-cresol (pCG), que são excretados principalmente na urina.

O acúmulo desses metabólitos, particularmente o pCS, classificado como uma toxina urêmica ligada a proteínas, tem sido associado à progressão da doença renal crônica (DRC) e suas complicações, devido às suas propriedades pró-oxidantes, pró-inflamatórias e pró-apoptóticas. Pacientes com DRC apresentam um risco aumentado de comprometimento cognitivo, distúrbios afetivos e disfunções do sistema nervoso central (SNC). Nos últimos anos, evidências crescentes têm sugerido um papel potencial do pC e seus metabólitos em doenças do SNC.

Estudos recentes têm explorado o envolvimento desses compostos na patogênese e progressão de transtornos como o transtorno do espectro autista, a doença de Parkinson, a doença de Alzheimer e o transtorno de estresse pós-traumático. A modulação dos níveis sistêmicos de pC pode representar uma estratégia promissora para melhorar os fenótipos patológicos no contexto de distúrbios do neurodesenvolvimento e neurodegenerativos. Pesquisas adicionais são cruciais para compreender completamente o impacto do para-cresol na saúde do cérebro e para desenvolver intervenções eficazes.

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