Julgamentos e Autismo: Como o Diagnóstico e a Raça Influenciam Decisões Legais
Um estudo recente investigou como o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em jovens acusados, juntamente com o tipo de crime e a raça, pode influenciar as decisões de jurados. A pesquisa, utilizando simulações de julgamento, revelou percepções complexas e a necessidade de maior conscientização sobre o TEA no sistema legal.
Os resultados indicaram que jurados são significativamente menos propensos a declarar culpados e a aplicar sentenças severas a réus com diagnóstico de TEA, especialmente em casos de crimes não violentos. Interessantemente, a credibilidade do réu, avaliada através de sua simpatia, honestidade e confiabilidade, foi classificada mais positivamente quando havia um diagnóstico de TEA, o que levou a sentenças mais brandas. Este achado sugere que a compreensão do TEA pode gerar empatia e influenciar o julgamento.
No entanto, o estudo também apontou para um viés racial preocupante. Jurados demonstraram maior propensão a considerar réus brancos culpados, expressando também maior convicção em seus veredictos para este grupo. Esses resultados destacam a complexa interação entre o diagnóstico de TEA, a raça e as percepções públicas, enfatizando a importância da educação judicial, diretrizes claras para apresentar informações sobre TEA em tribunais e mais pesquisas sobre como o diagnóstico e a raça afetam as decisões legais. A pesquisa sublinha a necessidade urgente de abordar preconceitos e promover uma compreensão mais profunda do TEA no sistema de justiça para garantir julgamentos justos e equitativos.
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