Saúde Desvendada

A dor neuropática, uma condição debilitante que afeta a saúde mental e o bem-estar social, tem sido alvo de intensas pesquisas em busca de tratamentos eficazes. Um estudo recente investigou o potencial da eletroacupuntura (EA) no alívio dessa dor, explorando os mecanismos biológicos subjacentes à sua ação. A pesquisa, realizada com modelos animais, oferece insights promissores sobre como a EA pode modular vias de sinalização específicas no sistema nervoso, resultando em redução da dor.

O estudo utilizou um modelo de rato com lesão por constrição crônica (CCI) para simular a dor neuropática. Os animais foram submetidos a tratamento com EA em pontos de acupuntura específicos, Zusanli (ST36) e Yanglingquan (GB34), após a indução da lesão. Os resultados mostraram que a EA foi capaz de aumentar o limiar de retirada da pata (PWT) e a latência de retirada da pata (PWL), indicando uma diminuição da sensibilidade à dor nos animais tratados. Além disso, a análise molecular revelou que a EA modula a expressão de proteínas envolvidas na transmissão da dor e na atividade das células gliais, que desempenham um papel importante na inflamação e na dor crônica.

Especificamente, a pesquisa demonstrou que a EA reverteu o aumento da expressão da enzima DNA metiltransferase 3 alfa (DNMT3a) e a diminuição dos receptores opioides mu (MOR) nos gânglios da raiz dorsal (DRG) dos ratos com CCI. Essa modulação da via DNMT3a/MOR sugere um mecanismo pelo qual a EA pode exercer seus efeitos analgésicos. Ao inibir a DNMT3a, a EA pode aumentar a expressão dos MOR, que são receptores-chave para os opioides endógenos, os analgésicos naturais do corpo. Essa descoberta abre novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias mais eficazes para o tratamento da dor neuropática, explorando o potencial da eletroacupuntura como uma ferramenta terapêutica promissora.

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